segunda-feira, 28 de março de 2011

Lista C revela que 'votos estavam no lixo'

Um membro da candidatura de Bruno de Carvalho apontou que «os votos estavam num saco do lixo» no final da votação. A revelação foi feita durante a conferência de imprensa do presidente da Assembleia-geral do Sporting, Lino de Castro, realizada esta segunda-feira.

Um delegado da candidatura de Bruno de Carvalho - presente no público da sala de imprensa do Estádio de Alvalade -, interveio para enaltecer algumas «situações» que detectou no processo eleitoral.
Antes de começar a sua intervenção, relevou: «Não vamos fazer quaisquer comentários sobre eventuais irregularidades».

O actual membro eleito pela lista de Eduardo Barroso para a Assembleia-geral prosseguiu, ao apontar diversos casos constatados pelos membros da lista de Bruno de Carvalho durante o processo eleitoral que decorreu a 26 de Março.

O ex-delegado da lista C revelou a existência de uma discrepância de dados, pois «os votantes apurados foram inferiores ao número de votos contados».

«O número de votantes carregado no sistema informático é inferior ao número de votos contabilizados», explicou, adiantando que «não houve qualquer acta oficial nem nada foi apresentado».

O membro da Assembleia-geral abordou igualmente o que foi constatado no interior da sala reservada à equipa que trabalhava no acto eleitoral.

«Os votos estavam num saco do lixo, com um nó e um elástico», aludiu, adicionando que «ao lado estavam uma série de caixas com boletins [de voto] por preencher».

O delegado confidenciou: «Foi-nos dito que o Sporting guardava os votos selados».

O agora membro da Assembleia-geral finalizou a sua intervenção ao garantir: «Não fomos nós que o conduzimos [processo eleitoral]mas agora temos que tomar conta do assunto».

Presidente da Assembleia-geral do Sporting, Lino de Castro, reagiu às declarações justificando a discrepância de dados com «o aumento constante do caderno eleitoral durante a votação».

Lino de Castro revelou que «os números que foram passando nunca foram revelados pela Mesa», admitindo também que «não houve qualquer candidato que pedisse um processo de recontagem».

À pergunta de um jornalista sobre as «irregularidades»apontadas por Dias Ferreira ao processo eleitoral, o presidente da Assembleia-geral afirmou: «Se ele disso isso, então provavelmente não me deveria ter deixado presidir ao acto eleitoral».

O dirigente admitiu ainda que «todos sabiam que era impossível proceder a uma recontagem» devido às dificuldades humanas e logísticas inerentes ao processo.

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